Suicide Squad: Kill the Justice League | Análise / Review

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Após dois filmes, Esquadrão Suicida não é mais nenhuma novidade para o público em geral, agora chegou a vez de conferirmos como é o game da DC com alguns dos personagens mais famosos da cultura pop.

Suicide Squad Kill the Justice League não é exatamente o que todos esperavam como sequência da trilogia Arkham criada pela própria RockSteady, o jogo tem se tornado controverso com termos como “endgame” e “conteúdo pós-lançamento”, o que tem irritado a base de fãs dos jogos do cavaleiro das trevas. Desde o desastroso Redfall da Arkane Studios até o cancelado modo multiplayer Factions da Naughty Dog, vimos muitos desenvolvedores de jogos single player se renderem ao apelo sedutor do famigerado jogos de serviço ao vivo. A Rocksteady sempre produziu jogos single player com uma narrativa realmente muito boa.

A História

Suicide Squad Kill the Justice League se passa no mesmo universo da trilogia Arkham, cinco anos após o Cavaleiro das Trevas abandonar seu posto. O Esquadrão Suicida é enviado para Metrópolis, uma cidade ocupada pelo alienígena Brainiac, com a missão de derrotar a Liga da Justiça enfeitiçada. Trata-se de um conceito incrível e eu mergulhei completamente nessa experiência durante as aproximadamente 12 horas de campanha. De muitas maneiras, o jogo segue a tradição da Rocksteady, com cinemáticas de ponta, animações faciais impressionantes, reviravoltas emocionantes e alguns momentos de arrepiar com seu icônico elenco de super-heróis transformados em vilões.

O Modo Cooperativo

Suicide Squad é um jogo de tiro cooperativo, podendo ser jogado em até quatro jogadores que assumem os papéis de Arlequina, Pistoleiro, Tubarão-Rei e Capitão Bumerangue. Embora algumas missões sejam mais lineares, a grande maioria possui objetivos baseados em tarefas, como capturar, defender e escoltar, ao mesmo tempo em que derrotam hordas de inimigos. O jogo pode ser jogado tanto no modo cooperativo quanto no modo solo, entretanto no momento em que está análise é preparada, é necessário conexão constante com a internet mesmo em modo solo.

A Narrativa

O tom da história é a maior mudança em relação ao último jogo da série Arkham. O Esquadrão Suicida atua como o coração dessa história, sendo uma equipe desqualificada para enfrentar a invasão de Brainiac e sua Liga da Justiça enfeitiçada. Com uma abordagem mais cômica, igual aos filmes, o jogo surpreendeu bastante com boas piadas ao longo da história, graças aos diálogos espirituosos entre os membros do esquadrão. Cada membro do grupo tem sua própria motivação pessoal contra cada membro da Liga da Justiça, o que torna a busca por vingança ainda mais divertida. Essa abordagem pode não agradar a todos, mas na maior parte do tempo senti que o jogo conseguiu equilibrar bem as risadas constantes sem ofuscar os momentos mais sérios. É claro que a parte principal da narrativa é revelada pelo próprio título do jogo, o que pode desagradar alguns fãs. No entanto, a forma como a Rocksteady desenvolve cada membro da Liga da Justiça, mostrando como a eles se tornaram uma ameaça sob o domínio de Brainiac, é digno de elogios.

Gameplay

A jogabilidade de Suicide Squad é baseada em tiroteios intensos com movimentação em alta velocidade. Seja jogando como Arlequina ou Tubarão-Rei, cada personagem tem acesso a uma variedade de armas, como metralhadoras, pistolas, escopetas, rifles de assalto, rifles de precisão e até mesmo metralhadoras pesadas. A jogabilidade de tiro é ágil, responsiva e extremamente satisfatória, especialmente graças ao incrível suporte tátil do PlayStation 5. Além do combate, cada membro do Esquadrão Suicida possui uma forma distinta de se locomover por Metrópolis. Arlequina usa o bat-drone e o gancho do Batman para se movimentar, Pistoleiro tem um jetpack, Tubarão-Rei possui habilidades de salto divinas e Capitão Bumerangue usa o seu poder de velocidade. Embora cada personagem tenha sua própria mecânica de movimentação, todas elas são divertidas e complementam bem o combate. A medida que avança no jogo, a diversão aumenta, principalmente quando aumenta a dificuldade. Manter o personagem no ar, se movimentando, desviando de tiros e atacando inimigos para recuperar o escudo é uma experiência gratificante.

Por outro lado os inimigos são extremamente repetitivos, assim como os objetivos das missões, a cidade apesar de muito bonita é pouco aproveitada e pobre como um jogo de mundo aberto, basicamente fazemos as mesmas coisas do início ao fim, ficando a cargo da história segurar o jogador até o final.

Customização e Conteúdo Pós-Lançamento

Suicide Squad oferece um amplo sistema de customização, onde é possível moldar cada personagem de acordo com seu estilo de jogo preferido. O jogo possui árvores de habilidades, armas e equipamentos que podem ser aprimorados e modificados. A base de operações do jogo, a Sala da Justiça, permite que você interaja com NPCs como Hera Venenosa e Pinguim para aprimorar e modificar ainda mais os personagens. Embora o sistema de customização seja um pouco complexo para alguns jogadores, é possível ignorar as estatísticas e focar apenas nos aspectos visuais dos personagens. Além disso, o jogo oferece uma boa quantidade de cosméticos que podem ser desbloqueados durante o jogo.

Conteúdo Adicional e Multiplayer

Suicide Squad Kill the Justice League não possui um modo de jogo online intrusivo durante a campanha principal, o que é um alívio. No entanto, há um aspecto competitivo presente no final de cada missão, onde os jogadores podem competir entre si para obter a melhor pontuação e se tornar o líder do esquadrão, ganhando o direito de escolher a próxima missão. Além disso, o jogo facilita a conexão com outros jogadores online e oferece recursos como o “Social Squad”, onde você pode jogar com perfis de personagens criados por seus amigos. O jogo também promete conteúdo adicional gratuito nas próximas temporadas, incluindo novas áreas inspiradas em outros lugares fora de Metrópolis, novos personagens jogáveis, missões e armas. Embora ainda seja cedo para afirmar se esse conteúdo será suficiente para manter os jogadores engajados por semanas e meses, é um alívio saber que a Rocksteady planeja oferecer um bom suporte pós-lançamento.

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