FATAL FURY: City of the Wolves Análise / Review

FATAL FURY: City of the Wolves

O lançamento de Fatal Fury: City of the Wolves marca um momento histórico para fãs da SNK. Mesmo que The King of Fighters seja hoje a franquia de luta mais famosa da empresa, foi Fatal Fury que deu início a tudo. Foi a primeira série de luta da SNK, a responsável por apresentar personagens icônicos e transformar o estúdio no que conhecemos hoje.

Após uma campanha de divulgação curiosa, que incluiu até Cristiano Ronaldo como personagem jogável, muitos jogadores ficaram curiosos, mas também desconfiados. Agora que o jogo foi lançado, temos muito a discutir.

Apresentação sólida, mas aquém do esperado

Fatal Fury: City of the Wolves opta por ser uma sequência direta de Garou: Mark of the Wolves, lançado há 26 anos. Em vez de recomeçar a história, o jogo continua a saga de Rock Howard, filho de Geese Howard, mantendo Terry Bogard como figura importante.

A fidelidade à estrutura de Garou traz pontos positivos, mas também gera uma sensação de que o jogo perdeu parte da sua identidade. As famosas “múltiplas pistas de luta”, marca registrada dos primeiros Fatal Fury, praticamente não aparecem. Existe um modo extra que tenta resgatar isso, mas é pouco divulgado.

Cristiano Ronaldo e participações polêmicas

Fatal Fury: City of the Wolves

A presença de Cristiano Ronaldo como personagem jogável é, no mínimo, questionável. O craque está disponível apenas nos modos Versus e Multiplayer, sem acesso ao Modo História. Sua imagem, mais associada ao esporte do que à violência, parece deslocada no universo de Fatal Fury.

Essa adição levanta especulações sobre a influência do governo saudita na decisão, visto que a SNK é atualmente controlada por investidores ligados à Arábia Saudita.

Além de Ronaldo, o jogo traz o DJ Salvatore Ganacci como outro personagem jogável. Embora sua presença seja menos chamativa, ela reforça o foco do jogo na cultura EDM.

Trilha sonora eletrizante e nostalgia para veteranos

A trilha sonora de City of the Wolves aposta forte na música eletrônica, com composições originais de grandes DJs como Steve Aoki e Alok. Para quem não curte EDM, o jogo oferece a opção de usar as trilhas clássicas dos antigos Fatal Fury e Art of Fighting, preservando a nostalgia.

A inclusão de músicas da série Art of Fighting, que está adormecida há décadas, é uma grata surpresa para os fãs de longa data.

Gráficos competentes, mas datados

Fatal Fury: City of the Wolves

O visual de Fatal Fury: City of the Wolves segue a linha de The King of Fighters XV e do reboot de Samurai Shodown, rodando na Unreal Engine 4. O estilo cel-shading é bonito e estilizado, mas já demonstra sinais de envelhecimento se comparado a Street Fighter 6 ou Tekken 8.

Apesar da boa performance e do colorido vibrante, o jogo parece estar uma geração atrás dos principais concorrentes no quesito gráfico.

Jogabilidade divertida, mas simplificada

Fatal Fury: City of the Wolves

O sistema de luta é sólido, como se espera da SNK, com rollback netcode de alta qualidade para garantir partidas online estáveis. No entanto, o combate se mostra mais simples que o de seus antecessores, buscando agradar um público mais amplo.

O modo campanha para um jogador é raso, consistindo em um mapa com missões e leves elementos de RPG. Ainda assim, proporciona diversão e funciona como um bom passatempo.

Fatal Fury: City of the Wolves Vale a Pena?: Fatal Fury: City of the Wolves é competente, divertido e respeita seu legado. Porém, suas escolhas de design e marketing – incluindo a inclusão forçada de celebridades – fazem com que o título pareça menos autêntico. Se você é fã de Garou: Mark of the Wolves, encontrará bons motivos para jogar. No entanto, quem busca uma experiência de luta mais robusta talvez se sinta mais satisfeito com The King of Fighters XV ou XIV. Jimmy

7.5
von 10
2025-04-28T13:15:40-0300

Artigos relacionados