The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered Análise / Review

The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered

Reviver um ícone como The Elder Scrolls IV: Oblivion vai muito além de relançar um jogo. Trata-se de uma verdadeira viagem no tempo, até uma era em que os RPGs apostavam na imersão acima de tudo. Lançado em 2006, no início da sétima geração de consoles, Oblivion marcou época. Impressionou pela escala e pela forma como apresentou um mundo aberto vivo e dinâmico, e agora retorna como The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered.

Naquele momento, tudo se alinhou: tecnologia de ponta, marketing certeiro e uma comunidade pronta para algo novo. Como resultado, Oblivion chegou na hora certa e conquistou seu lugar na história.

Gostaríamos de agradecer à equipe da Bethesda Brasil pelo envio da key de The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered para PS5, que tornou possível a realização desta review.

Uma Ponte Entre Eras

The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered

Oblivion reflete a sua época. Muitos recursos que pareciam inovadores em 2006 agora ficaram datados. Por isso, a Virtuos e a Bethesda optaram por preservar a essência do jogo, ao mesmo tempo em que aplicaram melhorias visuais e técnicas significativas.

The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered combina o motor Gamebryo 2.6 com o Unreal Engine 5 para entregar gráficos modernos. Como resultado, o jogo se aproxima mais de um remake do que de um simples remaster, apesar de manter basicamente a mesma estrutura do original.

Cyrodiil Repaginada

The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered

O jogo começa exatamente como em 2006: nas masmorras da Cidade Imperial. Lá, o protagonista encontra o imperador Uriel Septim, que tenta escapar com a ajuda das Blades. A narrativa continua envolvente. No entanto, as mudanças visuais e técnicas se tornam evidentes desde os primeiros minutos.

Para começar, a equipe recriou a interface do zero. Além disso, a nova tradução em português corrige erros antigos. Algumas vozes foram substituídas, e o gameplay recebeu pequenos ajustes que tornaram tudo mais fluido.

Cyrodiil continua fascinante. O Lago Rumare reflete o pôr do sol com realismo, as árvores balançam com o vento, e as ruínas Ayleid de Vilvarin exibem detalhes impressionantes. Apesar das melhorias, a direção de arte respeita o estilo original — e agora brilha com mais intensidade.

Conteúdo Para Centenas de Horas

A base permanece a mesma: um universo rico, cheio de histórias e possibilidades. Cidades como Bruma e Anvil continuam únicas. Missões, facções e segredos povoam o mundo. Além disso, as expansões Knights of the Nine e Shivering Isles já vêm incluídas. Esta última, inclusive, é considerada uma das melhores da franquia.

O conteúdo original agora aparece com novos visuais e animações, mas sem perder a alma do jogo. Essa combinação ajuda a conquistar tanto novos jogadores quanto veteranos.

Trilha Sonora e Dublagem Icônicas

A trilha de Jeremy Soule permanece inesquecível. Faixas como Harvest Dawn, Wings of Kynareth e Auriel’s Ascension reforçam a atmosfera de fantasia. Mesmo afastado da indústria desde 2019, Soule deixou uma marca duradoura na série.

As vozes também continuam marcantes. Patrick Stewart, Sean Bean e Terrence Stamp entregaram performances que elevam a narrativa. No remaster, os áudios foram restaurados com cuidado. Dessa forma, o impacto emocional das cenas se mantém.

Visual Moderno, Coração Clássico

The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered

O salto gráfico é notável. Vegetação, terrenos, interiores, armas e personagens ganharam modelos refeitos. A iluminação em tempo real, graças ao Unreal Engine 5, transforma cavernas e florestas em cenários ainda mais envolventes.

Além disso, os inimigos agora contam com novas animações. Isso melhora a sensação nos combates, mesmo mantendo o sistema original. A mira responde melhor, e a câmera em terceira pessoa traz mais controle ao jogador.

Sistema de Progressão Atualizado

Agora, correr consome stamina, assim como saltar ou atacar. O sistema de progressão também evoluiu. Ao subir de nível, o jogador distribui 12 pontos de atributo livremente. Ou seja, até habilidades menos usadas ajudam no progresso.

No entanto, o scaling dos inimigos ainda causa desequilíbrios. À medida que o personagem sobe de nível, inimigos também se fortalecem. Isso pode gerar situações curiosas, como bandidos com armaduras encantadas logo no início da jornada.

Interface, Minigames e Detalhes

Os menus ganharam um novo design, mais limpo e intuitivo. Além disso, minigames como persuasão e arrombamento foram redesenhados para maior clareza. Pequenos detalhes — como insetos, peixes e novas falas para NPCs — enriquecem ainda mais a ambientação.

Apesar dos avanços, o uso do Unreal Engine 5 trouxe alguns desafios. Jogadores relatam quedas de desempenho, travamentos e até crashes, principalmente no Xbox Series X. Portanto, atualizações são necessárias para garantir estabilidade.

Oblivion em 2025

The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered

Oblivion continua sendo o elo entre o público de Morrowind e os fãs que conheceram a série com Skyrim. Cyrodiil segue como um dos mundos mais bem construídos da franquia. A liberdade de exploração, as histórias paralelas e a riqueza de detalhes continuam como referências no gênero.

Por outro lado, o remaster também traz de volta limitações do passado: combates travados, bugs clássicos e certa repetição em dungeons. Ainda assim, a nova camada gráfica valoriza a experiência.

The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered Vale a Pena?: The Elder Scrolls IV: Oblivion Remastered marca o retorno de um RPG memorável, que foi crucial para a evolução da série e do gênero. A Virtuos entrega um remaster atípico, que tenta unir a alma de um clássico de 20 anos a um novo visual. Apesar das imperfeições, é impossível não valorizar o trabalho da equipe que recriou uma Cyrodiil mais próxima da nossa memória do que do original dos anos 2000 — e isso não é pouca coisa. Jimmy

8.5
von 10
2025-04-25T14:53:34-0300

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